domingo, 25 de setembro de 2016

O VOTO DO CRISTÃO
Rm 13.1-7

     Vivemos dias de campanha política. Trios elétricos, carros, motos e até bicicletas servem de veículos para divulgar nomes e números de candidatos. Toda população é atingida e precisa se posicionar, pois na data prevista para o sufrágio, todos aqueles que possuem título de eleitor, deverão comparecer às urnas e colocar o seu voto.
     O cristão não está isento desta responsabilidade. Embora a Bíblia diga que nós não somos deste mundo (Jo 17.14), vivemos aqui na terra e estamos sujeitos aos seus ditames legais e precisamos exercer bem a nossa cidadania.

Baseado no texto de Romanos vamos tecer algumas considerações:
a) o que é política?
   Política é a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de "polis", que designa aquilo que é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público. No sentido comum, vago e às vezes um tanto impreciso, política, como substantivo ou adjetivo, compreende arte de guiar ou influenciar o modo de governo pela organização de um partido político, pela influência da opinião pública, pela aliciação de eleitores; 
     Na conceituação erudita, política "consiste nos meios adequados à obtenção de qualquer vantagem", segundo Hobbes ou "o conjunto dos meios que permitem alcançar os efeitos desejados", para Russel ou "a arte de conquistar, manter e exercer o poder, o governo", que é a noção dada por Nicolau Maquiavel, em O Príncipe; 
     Política pode ser ainda a orientação ou a atitude de um governo em relação a certos assuntos e problemas de interesse público: política financeira, política educacional, política social, política do café com leite; 
     Numa conceituação moderna, política é a ciência moral normativa do governo da sociedade civil. Outros a definem como conhecimento ou estudo "das relações de regularidade e concordância dos fatos com os motivos que inspiram as lutas em torno do poder do Estado e entre os Estados"; 
     Num significado mais abrangente, o termo pode ser utilizado como um conjunto de regras ou normas de uma determinada instituição. Por exemplo, uma empresa pode ter uma política de contratação de pessoas com algum tipo de deficiência ou de não contratação de mulheres com filhos menores. A política de trabalho de uma empresa também é definida pela sua visão, missão, valores e compromissos com os clientes. 
     Qual a relação entre política e religião? Se alguma religião quiser impor a sua crença e impedir a crença dos outros, não há como misturar. Caso isto não ocorra, não há como separar política e religião, pois fomos chamados para levar uma mensagem de esperança e transformação ao mundo. Esta mensagem é espiritual, porém em toda história da humanidade, a mensagem do evangelho veio acompanhada de transformações sociais e ideológicas. Tudo que é ligado às relações humanas e a forma como estas relações se dão é política. E nós fazemos política, quando usamos o nosso testemunho para ganhar outros para Cristo.

b) a política é de Deus. (Rm 13.1)
     Diferente do que muita gente pensa, a política é de Deus, porque toda autoridade é ministro de Deus e eles só estão lá porque Deus assim o permite. E o texto nos orienta que não devemos resistir às autoridades, mesmo que elas sejam ruins, porque elas podem ser usadas por Deus para execução da ira sobre aquele que pratica o mal (Rm 13.2-5).

c) devemos cumprir com as nossas obrigações de cidadãos (Rm 13-7).
     Respeitar todas as leis do país onde vivemos é primordial para sermos reconhecidos como bons cidadãos e influenciar com a nossa fé onde vivemos (Fl 2.15). Dentro deste conceito está implícito a oportunidade de utilização de cargos políticos para influenciar o alto-comando das cidades, dos estados e até da nação, por pessoas que professem a fé cristã, a fim de que leis, costumes e a própria governança, sejam dignas de confiança e promovam o bem comum.

d) como o cristão deve agir?
     Em Jr 29.5-7, Deus dá instruções ao povo de como deveria ser a sua conduta numa terra estranha: fazer casas e habitar nelas; produzir através do trabalho e usufruir dele; crescer no meio deles; procurar a paz do lugar (influência positiva); orar pela nação ao Senhor para ter paz.

e) e como o cristão deve votar?
     No conceito de que devemos dar honra a quem merecer honra (v.7b) está a nossa responsabilidade na hora do voto. Nesta parte não só cristãos, como a maioria dos eleitores, não está bem orientada quanto ao correto processo de eleição e ocupação de cargos políticos.
     No Brasil a ocupação de cargos é feita da seguinte forma: para presidente, senador, governador e prefeito o voto é da maioria representativa da sociedade; para deputado federal, estadual e vereador é o voto da representatividade dos segmentos da sociedade, ou seja, no que representa você socialmente. 
     Este voto é determinado pelo quociente eleitoral. Você pode estar votando em um candidato e elegendo outro. Por que? O quociente eleitoral é o resultado dos votos válidos divididos pela quantidade de cargos a serem ocupados. Por exemplo: se numa cidade existem 1000 votos válidos e 20 vagas para vereador, o quociente eleitoral é 50. Isso significa que quando um partido ou coligação alcança 50 votos, elege um dos seus candidatos a uma vaga.

Entendendo melhor:
- o partido A alcançou 100 votos e tem direito a 2 vagas. Os votos foram distribuídos assim: candidato 1=30 votos; candidato 2=25 votos; candidato 3=20 votos; candidato 4=15 votos e candidato 5=10 votos. Os candidatos 1 e 2 foram eleitos e o 3 fica como suplente.

- o partido B alcançou 150 votos e tem direito a 3 vagas. Os votos foram distribuídos assim: candidato 1=40 votos; candidato 2=28 votos; candidato 3=12 votos; candidato 4 =10 votos e etc.... Os candidatos 1, 2 e 3 foram eleitos e o 4 fica como suplente.

     O candidato 3 do partido A com 20 votos não entrou, enquanto o candidato 3 do partido B com 12 votos entrou, porque o quociente eleitoral do partido B foi maior do que o do partido A.

CONCLUSÃO

     O voto do cristão não pode ser por amizade ou por irmandade, principalmente se ele não tem condição de se eleger, pois o voto que foi dado a ele, ajudará a eleger alguém do partido dele, que pode ser um mau candidato. Procure votar em candidatos que possam realizar algo em favor dos seus ideais ou dos ideais cristãos.

Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=rw49s4a2xRg
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica
https://www.significados.com.br/politica/
https://www.eleicoes2016.com.br/como-funciona-o-sistema-proporcional/
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica.htm

sábado, 17 de setembro de 2016

Jogos de azar. O que a Bíblia diz?

* O que são jogos de azar?
- são jogos nos quais você investe dinheiro com um grande risco de perder e poucas chances de ganhar; - loteria, rifa, jogo do bicho, megassena, raspadinhas, bolsa de valores, etc. São exemplos de jogos de azar. Alguns destes jogos são permitidos pelo governo mas envolvem o mesmo risco.

* O que não são jogos de azar?
- sorteios em lojas, por recompensa como resultados de compra de algum produto;
- caderneta de poupança e certificados de depósito bancário (CDB) que envolvem investimento de dinheiro, mas com risco pequeno de perdas, pois têm um retorno previsto em juros e correção monetária após algum tempo.
- alguns jogos infantis, vendidos em lojas de brinquedos, que não envolvem apostas em dinheiro, mas são aprisionadores.

* O que a Bíblia diz?
a) Deus não condena a riqueza: Dt 8.18; I Cr 29.12-14.
- geralmente quem quer enriquecer, quer parar de trabalhar: Gn 2.15; II Ts 3.10-11; Pv 12.11; 6.9-11; 13.11; Ex 20.9-11;

b) Deus condena a ambição a qualquer custo: I Tm 6.6-11; Pv 28.20-22;
- ambição:
1) forte desejo de poder ou riquezas, honra ou glórias; cobiça;
2) anseio veemente de alcançar determinado objetivo, de obter sucesso, aspiração, pretensão.

c) O avarento não entrará no céu. Ef 5.5; Hb 13.5; Fl 4.10-13;
- avareza:
1) qualidade de quem tem apego excessivo ao dinheiro, às riquezas: Lc 18.24-25; Mt 6.24.

d) O que vem de Deus não causa sofrimento. Pv 10.22;
- para alguém ganhar, muitos tem que perder; façamos um teste: cada um deixe R$ 5,00 numa bandeja, para que, ao final da reunião, eu vá pegar e levar para casa. Só eu sairei feliz. É o que acontece na maioria dos jogos; é questão de sabedoria.
- a probabilidade de ganho é de 1/500.000.000;

e) Deus condena aquele que não confia nele. Is 65.10-12.
- Ele quer exclusividade nossa: I Co 6.12; Hb 13.5; Lc 8.14; 12.15;

Conclusão

O que fazer então? Seguir três princípios bíblicos.
1. evitar a busca desenfreada por riquezas. “Tudo por dinheiro!”; “A fazenda”; “Big brother”; etc.

2) evitar lucros injustos. Por quê alguém precisa perder para que eu ganhe? Quem investe dinheiro em jogos de azar, muitas vezes investe em vícios, pornografia, prostituição, drogas, lavagem de dinheiro, ociosidade, contravenção e crime.

3) seguir o princípio da mordomia cristã: tudo é de Deus e Ele permite que administremos, enquanto estivermos na terra. Lc 1.2; devemos então:
a) investir com sabedoria: Lc 19.12-23. Separe R$ 200,00; invista R$ 100,00 numa poupança e os outros R$ 100,00 em jogos. Ao final de um mês compare os lucros obtidos e continue investindo naquele que deu mais lucros. Lc 14.28; Pv 12.25; 16.17; 21.20. Quando investimos com sabedoria, investimos no trabalho.

b) O dinheiro, como tudo, é de Deus. Quando eu invisto o dinheiro, tenho de ter em mente que estou investindo o que é Dele e terei de dar contas do destino que dei às Suas coisas, mesmo que seja pouco. Mt 25.27; Lc 16.12.


Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=vajhEXdA938
https://www.youtube.com/watch?v=FWoL4ksgSpw
https://www.youtube.com/watch?v=PbELyzOsS_s
https://www.youtube.com/watch?v=MvQeSn8FURI
https://www.youtube.com/watch?v=DrSGLuBAqng
https://www.youtube.com/watch?v=74xTxxaTM9M
https://www.youtube.com/watch?v=TsooB8Ti0iE

Édison da Silva Gonçalves é bacharel em Teologia, pelo Seminário Teológico José Alfredo e Presbítero da Igreja Evangélica Cristo para as Nações, em Uruguaiana-RS.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Como encontrar Cristo em todos os livros da Bíblia?

Em Gênesis Jesus é o Cordeiro no altar de Abraão.
Em Êxodo é o cordeiro da Páscoa.
Em Levítico ele é o sumo sacerdote.
Em Números ele é a nuvem durante o dia e a coluna de fogo durante a noite.
Em Deuteronômio ele é a cidade de nosso refúgio.
Em Josué, ele é o tecido vermelho na janela de Raabe.
Em Juízes ele é o nosso Juiz.
Em Ruth ele é o nosso parente redentor.
Em I e II Samuel ele é o nosso profeta confiável.
Nos livros de Reis e Crônicas é o nosso soberano.
Em Esdras ele é o nosso escriba fiel.
Em Neemias é o reconstrutor de tudo que está destruído.
Em Ester ele é Mordecai assentado fielmente no portão.
Em Jô ele é o nosso redentor que vive para sempre.
Em Salmos ele é o meu pastor e nada me faltará.
Em Provérbios e Eclesiastes ele é nossa sabedoria.
Em Cantares ele é o belo noivo.
Em Isaias ele é o servo sofredor.
Em Jeremias e Lamentações Jesus é o profeta que chora.
Em Ezequiel ele é o maravilhoso homem de quatro faces.
Em Daniel ele é o quarto homem na fornalha.
Em Oséias ele é o amor sempre fiel.
Em Joel ele nos batiza com o Espírito Santo e com fogo.
Em Amós ele leva nossos fardos.
Em Obadias nosso salvador.
Em Jonas ele é o grande missionário que leva ao mundo a palavra de Deus.
Em Miquéias ele é o mensageiro dos pés formosos.
Em Naum ele é o vingador.
Em Habacuque ele é a sentinela orando sempre pelo reavivamento.
Em Sofonias ele é o Senhor poderoso para salvar.
Em Ageu ele é o restaurador de nossa herança perdida.
Em Zacarias é a nossa fonte.
Em Malaquias ele é o filho da justiça com a cura em suas asas.
Em Mateus ele é o Cristo o filho do Deus vivo.
Em Marcos ele é o operador de milagres.
Em Lucas ele é o filho do homem.
Em João ele é a porta pela qual todos devem passar.
Em Atos é a luz brilhante que aparece a Saulo no caminho de Damasco.
Em Romanos é a nossa justificação.
Em Coríntios é nossa ressurreição e o que leva os nossos pecados.
Em Gálatas ele nos redime da lei.
Em Efésios ele é nossa riqueza insondável.
Em Filipenses ele supre todas as nossas necessidades.
Em Colossenses ele é a plenitude do Deus encarnado.
Em Tessalonicenses ele é o nosso Rei que virá.
Em Timóteo ele é o nosso mediador entre Deus e os homens.
Em Tito ele é nossa bendita esperança.
Em Filemon ele é o amigo mais chegado que um irmão.
Em Hebreus ele é o sangue do pacto eterno.
Em Tiago ele é o Senhor que cura o doente.
Em Pedro ele é o pastor principal.
Nos livros de João é Jesus que tem a ternura do amor.
Em Judas ele é o Senhor que vem com milhares de santos.
E em Apocalipse, a igreja é conclamada a levantar os olhos, pois é chegada sua redenção: Jesus é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.

(Autor anônimo)

Édison da Silva Gonçalves é bacharel em Teologia, pelo Seminário Teológico José Alfredo e Presbítero da Igreja Evangélica Cristo para as Nações, em Uruguaiana-RS.